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Com o início da COP30 agendado para 10 de novembro em Belém, a presença de nações mais pobres e vulneráveis às mudanças climáticas corria risco devido aos altos custos de hospedagem na cidade. Para solucionar o impasse, o governo brasileiro realizou uma oferta de última hora: cabines gratuitas em navios de cruzeiro atracados na capital paraense.
Até 31 de outubro, uma semana antes do início da cúpula, 37 países ainda não haviam garantido acomodação para suas delegações. A situação havia levado a ONU a realizar reuniões de emergência, após alertas de países africanos e pequenas nações insulares de que poderiam não conseguir comparecer.
De acordo com um e-mail vazado da secretaria climática da ONU (UNFCCC), a oferta de três cabines gratuitas é destinada especificamente a delegações de nações de baixa renda. O presidente da COP30, André Correa do Lago, detalhou que os beneficiários seriam países africanos, pequenos Estados insulares e nações menos desenvolvidas – um grupo de aproximadamente 96 países.
O financiamento para esta ação vem de "doadores privados" e do Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe, com a coordenação sendo feita pelo governo brasileiro em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Belém, cidade anfitriã da COP30, possui uma infraestrutura hoteleira limitada para um evento do porte da conferência climática, com cerca de 18.000 leitos de hotel disponíveis. Esse gargalo fez com que as diárias nos hotéis locais subissem para várias centenas de dólares, chegando a ultrapassar US$ 500 por noite em algumas cotações, o que também despertou preocupação entre delegações de países europeus mais ricos.
Em setembro, a ONU já havia anunciado um aumento no auxílio financeiro diário para países menos desenvolvidos, elevando a taxa de US$ 144 para US$ 197, em uma tentativa de mitigar os custos de participação.
A medida reforça o compromisso do Brasil, como país anfitrião, de garantir que as nações mais pobres e vulneráveis ao clima tenham suas vozes ouvidas nas negociações. Ao comentar a oferta das cabines, André Correa do Lago afirmou: "Com isso, teremos um apoio significativo para que todos os países em desenvolvimento possam estar presentes na COP". A iniciativa busca assegurar que questões críticas para essas nações, como financiamento para adaptação e perdas e danos, permaneçam no centro do debate global.
Com informações de: Terra, RT Brasil, Agência Brasil. ■