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A "Operação Contenção", realizada no dia 28 de outubro nos complexos do Alemão e da Penha, mobilizou cerca de 2.500 policiais e resultou em ao menos 121 mortos (144 segundo todas as contagens registradas pelos meios de comunicação), incluindo quatro policiais, além de mais de 100 prisões. O governo estadual, liderado pelo governador Cláudio Castro, defendeu a ação como um "sucesso" e um "duro golpe" no Comando Vermelho.
Entretanto, a operação foi alvo de fortes críticas. Na quarta-feira, 29, manifestantes se reuniram em frente ao Palácio Guanabara com cartazes que diziam "não foi operação, foi chacina". Relatos de moradores e de uma agência funerária apontam para a possibilidade de execuções sumárias, com corpos encontrados amarrados e com marcas de tiros à queima-roupa.
O alto-comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, emitiu um comunicado denunciando a "brutalidade extrema" e pediu uma investigação independente, além de uma reforma abrangente nos métodos de policiamento no Brasil. A ONU destacou que o uso da força deve estar em conformidade com os princípios de legalidade, necessidade e proporcionalidade.
Enquanto isso, a cidade ainda sente os efeitos da operação e das retaliações do crime organizado, que incluem a paralisação do transporte público e o fechamento de escolas e unidades de saúde.
Segundo informações colhidas nas redes sociais, mais de 900 entidades estão mobilizadas para acolhimento, denúncia e encaminhamento de Ato no Complexo da Penha nesta sexta-feira (31).
Com informações de Brasil de Fato, Folha de S.Paulo, G1, O Globo, Poder360, UOL, Veja.■