Uma operação policial de grande porte nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, resultou em um número elevadíssimo de vítimas nesta terça-feira (28). De acordo com dados oficiais das secretarias de segurança, a ação somou 64 mortos no total entre os dois complexos, sendo 60 suspeitos e 4 policiais. Há, no entanto, relatos de moradores e imagens que circulam em redes sociais indicando que o número real, especialmente na Penha, pode ser significativamente maior, com menções a corpos que não param de chegar. Até o momento, há o registro de 74 corpos enfileirados na Praça São Lucas, que teriam sido retirados por moradores da localidade conhecida como Vacaria, uma área de mata entre os Complexos da Penha e do Alemão. No total parcial, 144 pessoas (contagem não oficial) acabaram mortas na "Operação Contenção", que envolveu as Polícias Civil e Militar

Para efeito de comparação com outros conflitos globais, o dia 16 de maio de 2025 foi um dos mais letais na Faixa de Gaza, com aproximadamente 143 palestinos mortos em bombardeios e ações de guerra das tropas de Israel. O conflito em Gaza, que durou dois anos antes do cessar-fogo, acumula um total de mais de 67.869 mortos, segundo balanço do Ministério da Saúde local controlado pelo Hamas.

A operação carioca, batizada de "Contenção", mobilizou 2.500 agentes para cumprir 100 mandados de prisão. O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a ação foi planejada há mais de 60 dias e visava combater a expansão territorial do Comando Vermelho na área.

Repercussão e Críticas:

• O Alto Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas emitiu uma nota dizendo estar "horrorizado" com a letalidade da operação.
• O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) pediram explicações formais ao governador sobre a ação, questionando se não havia "meio menos gravoso" para atingir os objetivos.
• O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificou a operação como "bastante cruenta" e lamentou a morte de "pessoas comuns, inocentes".

Com informações de: G1, BBC, O Globo, Agência Brasil. ■