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O governo da Venezuela informou nesta semana que desmantelou uma célula criminosa que estaria ligada à Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos e que planejava um ataque de "bandeira falsa" contra um navio de guerra norte-americano. A acusação foi feita pelo ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, que detalhou o suposto plano.
De acordo com as autoridades venezuelanas, a intenção seria atacar o contratorpedeiro USS Gravely, que estava em Trinidad e Tobago, e usar o incidente como uma justificativa para uma "ofensiva militar americana contra a Venezuela". Caracas afirmou que o desmantelamento desta célula resultou na prisão de pelo menos quatro pessoas diretamente vinculadas ao esquema.
Em resposta às acusações, tanto o governo dos Estados Unidos quanto o de Trinidad e Tobago negaram veementemente a existência de tal plano. O navio USS Gravely faz parte de uma ampla frota militar dos EUA que tem sido enviada para o Caribe nas últimas semanas, uma movimentação que o governo de Nicolás Maduro classifica como uma "provocação hostil".
Este anúncio ocorre em um momento de extrema tensão diplomática e militar entre Estados Unidos e Venezuela:
Em meio a estas acusações, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, anunciou a proposta de romper um acordo de cooperação energética com Trinidad e Tobago, assinado em 2015. A justificativa foram as "supostas ameaças militares dos EUA" e a permissão para operações militares norte-americanas em seu território.
Enquanto isso, o presidente Nicolás Maduro adotou publicamente um tom que alterna entre defesa e apelo pela paz. Ele já afirmou que a Venezuela conta com milhares de mísseis antiaéreos para sua defesa, mas também pediu "paz, sim; paz, sim, para sempre; paz para sempre. Sem guerra maluca, por favor!".
Ainda neste mês de outubro, o governo da Venezuela emitiu alerta aos EUA de um plano supostamente liderado pela extrema-direita, de cuja principal liderança é da atual ganhadora do Nobel da Paz, María Corina Machado, para detonar uma bomba no consulado dos Estados Unidos em Caracas.
Com informações de: G1, El País, UOL, Veja, Veronoticias, BBC, Associated Press, Progressive International.■