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Lula anuncia candidatura à reeleição em 2026
Presidente declarou, durante visita à Indonésia, que tem "a mesma energia de quando tinha 30 anos" e que está preparado para o quarto mandato
Politica
Foto: https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/06/53793043214_c55fc74eaa_k.jpg
■   Bernardo Cahue, 23/10/2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, oficialmente, nesta quinta-feira (23), sua candidatura à reeleição para as eleições presidenciais de 2026. A declaração foi feita durante visita de Estado à Indonésia, no Palácio Merdeka, em Jacarta, ao lado do presidente local, Prabowo Subianto.

"Vou completar 80 anos, mas pode ter certeza que eu estou com a mesma energia de quando eu tinha 30 anos de idade. E vou disputar um quarto mandato no Brasil", anunciou Lula. Ele acrescentou: "Meu mandato termina no final de 2026, mas nós estamos preparados para disputar outras eleições".

Contexto e Condicionantes da Candidatura

A decisão põe fim a um período de especulações sobre sua disposição para concorrer a um novo mandato. Até recentemente, Lula relutava em "bater o martelo" e condicionava sua candidatura a estar com "100% de saúde". Em outubro, ele já havia sinalizado a disposição, afirmando que poderia ser candidato "se ainda estivesse com o vigor que está hoje".

Caso seja eleito e tome posse, Lula se tornará, aos 81 anos, o presidente mais velho a assumir o cargo no Brasil, recorde que já detinha desde 2023, quando assumiu seu terceiro mandato com 77 anos.

Cenário Eleitoral e a Oposição

Lula aparece como favorito nas atuais pesquisas de intenção de voto. Pesquisa Quaest divulgada no início de outubro coloca o presidente à frente em todos os cenários simulados para o primeiro e segundo turnos contra possíveis adversários da direita, como Tarcísio de Freitas, Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro.

No entanto, analistas políticos alertam que a disputa promete ser acirrada. Cila Schulman, CEO do Instituto Ideia, avalia que o país permanece polarizado e que a eleição será "voto a voto". Ela destaca que o eleitorado do PT, historicamente, tem maior taxa de abstenção, o que exige uma margem mais confortável de votos na largada.

Um fator crucial para o cenário é a indefinição no campo oposicionista. Com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF, que o tornou inelegível e impôs pena de prisão, a direita ainda não conseguiu definir um nome para liderar a disputa.

Enquanto aliados de Bolsonaro pressionam por uma definição, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), próximo ao ex-presidente, declarou acreditar que Bolsonaro já decidiu seu candidato e que os nomes mais viáveis atualmente são os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Júnior (PSD-PR). A indefinição, no entanto, tem travado as articulações políticas da direita nos estados.

Antecipação do Palanque e Medidas de Governo

A confirmação da candidatura antecipa oficialmente a campanha eleitoral e consolida a estratégia do governo federal, que já vinha adotando um tom eleitoral e anunciando medidas de popularidade, como a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a ampliação da distribuição de gás de cozinha.

Em julho, durante visita a um trecho da Ferrovia Transnordestina, Lula já havia dado fortes indícios de que concorreria, afirmando que seria candidato para não "entregar o país para aquele bando de maluco".

Com informações de: G1, Veja, Gazeta do Povo, O Globo, CNN Brasil, Money Times, ND Mais, Tribuno do Sertão. ■