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Equador libera sobrevivente de ataque dos EUA a "narcossubmarino" por falta de provas
Não há evidencias de crime praticado em solo equatoriano, diz justiça
America do Sul
Foto: https://ikona.telesurtv.net/content/uploads/2025/10/escuador.jpg.webp
■   Bernardo Cahue, 21/10/2025

As autoridades do Equador decidiram soltar um cidadão do país que foi resgatado e repatriado após um ataque militar dos Estados Unidos a uma embarcação suspeita de tráfico de drogas, por não encontrarem evidências de crime praticado em território equatoriano.

Um cidadão equatoriano, identificado como Andrés Fernando Tufiño, foi libertado pelas autoridades do Equador após ser repatriado dos Estados Unidos. Ele era um dos dois sobreviventes de um ataque realizado por forças estadunidenses contra um semissubmersível, popularmente conhecido como "narcossubmarino", no mar do Caribe.

O ataque ocorreu no dia 16 de outubro de 2025, e resultou na morte de dois outros tripulantes da embarcação. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a repatriación dos dois sobreviventes, um equatoriano e um colombiano, para que respondessem judicialmente em seus países de origem.

A Fiscalía equatoriana foi a instituição que determinou a libertação de Tufiño. De acordo com a instituição, "não existem elementos de convicção nem indícios que possam levar à autoridade fiscal ou judicial a ter a certeza" de que o homem cometeu um delito em território equatoriano. Através de um comunicado, a Fiscalía acrescentou que, "ao não existir nenhuma notícia de delito que tenha sido posta em conhecimento desta Instituição, que advirta da comissão de um delito em território equatoriano, não se o podia reter. Tampouco tinha processos pendentes contra si".

Enquanto o equatoriano foi libertado, a situação do outro sobrevivente, o colombiano Jeison Obando Pérez, é diferente. Segundo o Ministro do Interior da Colômbia, o homem chegou ao país com graves problemas de saúde, "com traumas no cérebro, sedado, dopado, respirando com ventilador". As autoridades colombianas afirmaram que ele será processado judicialmente por supostamente estar envolvido no tráfico de drogas.

Este episódio faz parte de uma campanha militar mais ampla dos Estados Unidos no Caribe. Desde agosto de 2025, o governo estadunidense iniciou uma série de operações em águas internacionais contra embarcações suspeitas de transportar drogas. De acordo com os relatos, estes ataques já resultaram em mais de 30 mortos. O presidente Trump justificou a ação mais recente alegando que o submarino estava carregado de fentanilo e que sua interceptação salvou milhares de vidas americanas.

Com informações de: El País, DMA Notícias, DW, Infobae, El Comercio. ■