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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou, através de uma carta enviada ao ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, que iniciou uma greve de fome como protesto contra a possibilidade de ser extraditada para o Brasi .
Na carta, divulgada na quinta-feira (9), a parlamentar afirmou que a medida só será interrompida se o ministro negar oficialmente o pedido de extradição. "Por ter certeza absoluta que o senhor não tomou a melhor decisão, começo hoje uma greve de fome que só o senhor pode acabar, negando a minha extradição, o que me colocará em liberdade, que é o correto", escreveu Zambelli.
O anúncio ocorre um dia após a Justiça italiana negar um recurso da defesa que pedia a libertação da deputada da prisão de Rebibbia, em Roma, onde ela cumpre prisão cautelar. Os tribunais italianos decidiram que ela deve permanecer detida enquanto analisam o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro, com base em um acordo entre os dois países.
Em sua manifestação, Zambelli alega ser vítima de perseguição política e critica o ministro Nordio por acolher, em sua visão, uma "decisão injusta e sem provas de um juiz brasileiro", em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ela também chegou a questionar se a autoridade italiana estaria "de mãos dadas com o próprio demônio".
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão pelos crimes de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos. Ela deixou o Brasil em maio, após a condenação, e foi presa na Itália no dia 29 de julho, após ter seu nome incluído na lista de procurados da Interpol.
A licença de 127 dias da deputada na Câmara terminou recentemente. Como está presa, ela passa a acumular faltas não justificadas, o que, somado a um pedido de cassação que já tramita na Casa, pode levar à perda do mandato.
O caso de extradição segue em análise na Corte de Cassação da Itália. A Procuradoria de Justiça do país já emitiu um parecer contrário à soltura de Zambelli, reforçando a manutenção da prisão cautelar.
Com informações de: CNN Brasil, Terra, Noticias R7, O Globo, O Tempo. ■