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A China está nos estágios finais de preparação para uma de suas missões lunares mais ambiciosas. Com lançamento previsto para 2026, a missão Chang'e-7 tem como objetivo explorar o Polo Sul da Lua, uma região inédita, com o principal propósito de confirmar a presença de água gelada. A descoberta é considerada crucial para viabilizar uma presença humana permanente no satélite natural da Terra.
Diferente do entendimento inicial, a missão não completou o mapeamento da região, mas está sendo projetada justamente para realizar essa tarefa pioneira. A sonda visa pousar na iluminada borda da Cratera Shackleton, uma área de alto interesse científico por oferecer longos períodos de luz solar – fundamentais para gerar energia – e estar adjacente a crateras em eterna escuridão, onde se acredita que compostos voláteis, como o gelo de água, possam estar preservados.
A missão é um complexo conjunto de veículos espaciais que trabalharão em conjunto. Seus objetivos científicos foram definidos para dar suporte à exploração lunar sustentável :
A Chang'e-7 será composta por um orbitador, um módulo de pouso, um rover tradicional e um inovador robô saltador. Este último é um equipamento pioneiro, projetado para se deslocar com impulsos de foguete, "pulando" de áreas ensolaradas para o interior de crateras permanentemente sombreadas, locais inacessíveis aos rovers convencionais.
Equipado com um Analisador de Moléculas de Água, o robô saltador terá a missão específica de coletar dados diretamente dentro dessas crateras escuras para detectar a presença e a distribuição de água gelada. A missão conta com um total de 21 cargas úteis científicas, incluindo seis instrumentos internacionais de países como Rússia, Suíça, Itália e Tailândia, destacando o caráter colaborativo do projeto.
A confirmação de água gelada no Polo Sul lunar seria um marco para a exploração espacial. Esse recurso não seria vital apenas para o sustento de astronautas, fornecendo água potável e oxigênio, mas também poderia ser transformado em combustível para foguetes, tornando a Lua uma "estação de serviço" para missões mais profundas no espaço, como para Marte.
A Chang'e-7 é um pilar fundamental para os planos futuros da China e seus parceiros. Juntamente com a missão Chang'e-8, prevista para 2028, ela formará o núcleo inicial da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), uma base robótica que deve evoluir para um posto avançado tripulado na década de 2030.
Com informações de CNN Brasil, Folha UOL, Gov.cn, Olhar Digital, SpaceNews, SIC Notícias e Wikipedia. ■