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Caminhada pela anistia reúne baixíssimo público em Brasília
Evento convocado por pastor Silas Malafaia e familiares do ex-presidente tenta pressionar pela votação do perdão aos condenados pelos atos de 8 de janeiro
Politica
Foto: https://media.gazetadopovo.com.br/2025/10/07174417/Caminhada-pela-anistia-BSB-7-out-25-11.jpg.webp
■   Bernardo Cahue, 08/10/2025

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro realizaram uma caminhada na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nesta terça-feira (7 de outubro de 2025), em defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Diferente do sugerido, o ato reuniu 2.080 pessoas, de acordo com estimativa do Poder360 no momento de maior concentração do evento.

A manifestação, que começou por volta das 16h em frente à Catedral Metropolitana e seguiu em direção ao Congresso Nacional, teve como objetivo pressionar os parlamentares pela rápida votação do projeto de lei que concede anistia "ampla, geral e irrestrita". O evento foi convocado pelo pastor Silas Malafaia e contou com a presença de filhos e apoiadores políticos de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar e não compareceu.

Entre as principais lideranças presentes no trio elétrico estavam:

  • Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama
  • Flávio Bolsonaro, senador (PL-RJ)
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL
  • Nikolas Ferreira, deputado federal (PL-MG)
  • Bia Kicis, deputada federal (PL-DF)
  • Magno Malta, senador (PL-ES)
  • Rogério Marinho, senador (PL-RN)

Os discursos durante o ato foram marcados por críticas à proposta alternativa de dosimetria (revisão de penas) e defesa intransigente da anistia total. Michelle Bolsonaro, visivelmente emocionada, afirmou que a dosimetria "não é constitucional" e não apagaria "a mancha, a dor e o drama" dos presos. Já o pastor Silas Malafaia classificou a condenação de Bolsonaro como uma "farsa" e "perseguição política".

O ato ocorre em um contexto de impasse no Congresso sobre o tema. O relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), defende a revisão das penas e não o perdão total, como deseja a base bolsonarista. A caminhada foi organizada em um dia de semana, formato que os próprios organizadores justificaram pela necessidade de uma resposta rápida às manifestações da esquerda no final de setembro e pela dificuldade de mobilizar grandes multidões com pouco tempo de antecedência.

Com informações de: Poder360, Gazeta do Povo, Folha de S.Paulo, Revista Oeste, UOL, Valor Econômico, G1, InfoMoney, CNN Brasil. ■