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Suíça e Espanha: protestos condenam interceptação de Flotilha e maus-tratos a ativistas
Manifestantes exigem a libertação imediata dos detidos e o fim do bloqueio humanitário a Gaza, enquanto ativistas presos iniciam greve de fome
Europa
Foto: https://www.reuters.com/resizer/v2/Z55NBL64NRLNHLNDQ2OLHFZOVI.jpg?auth=e150067f4c681af45f6bad0701eb4cd8dc723635fc4f5e8abd872c792a9bf3cd&width=720&quality=80
■   Bernardo Cahue, 06/10/2025

Protestos tomam conta de cidades europeias, incluindo Genebra, na Suíça, e Madrid, na Espanha, em resposta à interceptação pela marinha israelense da Flotilha Humanitária Global Sumud e às denúncias de maus-tratos e tratamento degradante impostos aos ativistas detidos. A ação militar, que ocorreu em águas internacionais, resultou na prisão de centenas de participantes, entre eles cidadãos de diversas nacionalidades.

Na Suíça, quase 3 mil pessoas se reuniram em Genebra para demonstrar solidariedade aos ativistas. Durante o protesto, manifestantes acenderam fogueiras e hastearam uma enorme bandeira palestina, visando chamar a atenção internacional para a situação.

O cenário foi semelhante na Espanha, onde ativistas repatriados relataram à imprensa os abusos sofridos durante a detenção. Rafael Borrego, um dos espanhóis que retornou, descreveu: "Os maus tratos físicos e psicológicos repetiram-se diariamente. Fomos espancados, arrastados. Vendaram-nos os olhos. Fomos algemados". Enquanto 21 ativistas espanhóis já foram repatriados – alguns com passagens custeadas pelo governo espanhol para acelerar o processo –, outros 28 permanecem detidos em Israel.

Dentre os que ainda estão presos, pelo menos sete espanhóis decidiram entrar em greve de fome como forma de protesto não-violento contra as condições de sua detenção e para exigir libertação imediata. A organização da Flotilha divulgou os nomes dos grevistas, que incluem Lucía Muñoz e Serigne Mbayé, representantes do partido Podemos. A Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH) denunciou que os ativistas estão sujeitos a condições severas, incluindo violência física, privação de água potável, alimentos e medicamentos, o que configura atos de maus-tratos e tortura de acordo com o direito internacional.

O Ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, defendeu a atuação de seu governo e garantiu assistência consular diária aos nacionais detidos, assegurando que "Ninguém será abandonado". A situação diplomática continua tensa, com diversos países cobrando a liberação de seus cidadãos e o respeito ao direito humanitário internacional.

Com informações de: agenciabrasil.ebc.com.br, Euronews, O Globo, OMCT, Paradigm Shift, Sic Notícias. ■