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O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (6/10) após menos de um mês no posto, em uma decisão que mergulha o país em uma profunda crise política. O Palácio do Eliseu confirmou que o presidente Emmanuel Macron aceitou a renúncia.
Lecornu, que havia sido nomeado por Macron em 9 de setembro, foi o quinto primeiro-ministro do atual mandato presidencial, que começou em 2022. Seu governo, com apenas 27 dias de duração, torna-se o mais curto da Quinta República Francesa, instaurada em 1958.
A renúncia ocorreu poucas horas após o anúncio da composição de seu novo gabinete ministerial, que desagradou tanto à oposição quanto a aliados do governo. Em um discurso no Palácio de Matignon, sede do premiê, Lecornu atribuiu sua saída à intransigência dos partidos políticos.
"Você deve sempre preferir seu país ao seu partido", declarou o agora ex-premiê, acrescentando que "não se pode ser primeiro-ministro quando as condições não são atendidas".
A instabilidade política na França foi agravada pela decisão de Macron de convocar eleições parlamentares antecipadas em 2024, o que resultou em um Parlamento fragmentado, sem maioria absoluta. Esta é a mesma dificuldade que derrubou os dois antecessores imediatos de Lecornu, François Bayrou e Michel Barnier.
Diante da renúncia, a oposição reagiu imediatamente:
A notícia da renúncia causou impacto imediato na economia. A bolsa de Paris registrou forte queda, o euro se desvalorizou frente ao dólar e os títulos públicos franceses recuaram, refletindo a preocupação dos investidores com a instabilidade.
O presidente Macron agora enfrenta um cenário complexo, com três opções principais:
Com informações de: G1, CNN Brasil, InfoMoney, BBC, DW, UOL, Bloomberg Linea, Times Brasil, Folha de S.Paulo, Poder360. ■