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Um anúncio feito durante o Festival de Cinema de Zurique agitou Hollywood: Tilly Norwood, uma atriz inteiramente gerada por inteligência artificial, está em conversas com agências de talentos para ser representada oficialmente. A personagem é um produto do estúdio Xicoia, um braço da produtora britânica Particle6, liderada pela produtora e comediante holandesa Eline Van der Velden.
Van der Velden revelou que o interesse da indústria mudou radicalmente em poucos meses. "Em fevereiro, todos diziam 'isso nunca vai acontecer'. Em maio, já queriam fechar negócio". Ela expressou a ambição de que Tilly se torne "a próxima Scarlett Johansson ou Natalie Portman".
A notícia, no entanto, foi recebida com uma onda imediata de críticas e preocupação.
O SAG-AFTRA, sindicato norte-americano que representa os artistas, emitiu um comunicado enfático se posicionando contra a iniciativa.
Atores consagrados também se manifestaram publicamente contra a personagem digital:
Em resposta à reação negativa, Eline Van der Velden defendeu seu projeto nas redes sociais, classificando Tilly Norwood como uma "obra criativa — uma obra de arte" e não uma substituta para seres humanos.
Ela argumenta que a IA deve ser vista como uma nova ferramenta criativa. "Vejo a IA não como um substituto para as pessoas, mas como uma nova ferramenta, um novo pincel", escreveu, comparando a inovação com o surgimento da animação, marionetes ou CGI.
Este episódio com Tilly Norwood materializa os temores que levaram a longas greves em Hollywood em 2023, quando escritores e atores exigiram e consebram proteções contratuais contra o uso não regulamentado de inteligência artificial. O caso mostra que, apesar dos acordos, a tensão entre a tecnologia e a arte tradicional está longe de ser resolvida.
Com informações de: G1, B9, Público, Euronews, UOL, Veja. ■