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Uma investigação secreta do programa Panorama, da BBC, revelou evidências chocantes de uma cultura tóxica de misoginia, racismo e brutalidade enraizada na Polícia Metropolitana de Londres (Met). As filmagens, realizadas ao longo de sete meses por um repórher sobcover na estação de polícia de Charing Cross, mostram agentes fazendo comentários sexualizados sobre colegas, expressando visões racistas sobre imigrantes e muçulmanos e se regozijando com o uso excessivo da força.
As descobertas desafiam as promessas públicas da Met de ter combatido os comportamentos tóxicos após o assassinato de Sarah Everard por um agente da corporação e uma revisão anterior que apontou a instituição como institucionalmente racista, misógina e homofóbica.
O repórher infiltrado, Rory Bibb, trabalhou como oficial de detenção designado e documentou diversos casos de conduta antiética e possivelmente criminosa:
Após ser confrontada com as evidências pela BBC, a Met suspendeu oito agentes e um membro da equipe, além de remover outros dois policiais de funções na linha de frente. A corporação também desmantelou a equipe de custódia de Charing Cross e fez mudanças na liderança local. O caso foi encaminhado ao Escritório Independente de Conduta Policial (IOPC), que abriu uma investigação criminal. Um dos agentes é investigado sob suspeita de perverter o curso da justiça.
O Comissário da Met, Sir Mark Rowley, classificou o comportamento exposto pelo Panorama como "vergonhoso, totalmente inaceitável e contrário aos valores e padrões" da força. Ele pediu desculpas e afirmou que a corporação está empenhada em identificar e expulsar os maus elementos.
As filmagens sugerem que, longe de ter sido erradicada, a cultura tóxica foi impulsionada para as profundezas. Os próprios oficiais alertaram o repórher infiltrado sobre a necessidade de usar uma "máscara" e ter cuidado com o que diziam na frente de pessoas novas, indicando uma cultura de desconfiança e sigilo.
Esta não é a primeira vez que a estação de Charing Cross é alvo de escândalo. Em 2022, o IOPC já havia exposto mensagens ofensivas e piadas sobre estupro trocadas por agentes da mesma unidade, levando a demissões. Especialistas e denunciantes afirmam que o problema é sistêmico e não isolado.
Com informações de: BBC.com, BBC.co.uk, news.met.police.uk ■