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O possÃvel encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump deve seguir um roteiro de cautela desenhado pelo governo brasileiro. Após o anúncio feito pelo lÃder americano na Assembleia Geral da ONU, a estratégia da assessoria de Lula é priorizar um contato inicial por telefone ou videoconferência para, só depois, avaliar uma reunião presencial, que provavelmente aconteceria em um terceiro paÃs.
Integrantes do Palácio do Planalto e do Itamaraty avaliam que essa abordagem é mais prática e prudente. O cuidado, no entanto, vai além da praticidade. Aliados do presidente petista temem que Trump use um eventual diálogo para pressionar e constranger Lula, repetindo o cenário de "humilhação" que já impôs a outros lÃderes na Casa Branca. A intenção é evitar a todo custo que o presidente brasileiro seja exposto a um "novo circo na Casa Branca".
Até o momento, não há data, formato ou local definidos para a conversa entre os dois mandatários. Apesar de Trump ter dito na ONU que acertou um contato para a "próxima semana", o governo brasileiro ainda negocia os termos. Os principais pontos do plano em discussão são:
O anúncio de um futuro encontro surgiu de uma breve interação entre Lula e Trump nos bastidores da ONU, na terça-feira (23). O americano afirmou que houve uma boa "quÃmica" entre eles, impressão compartilhada por Lula, que declarou: "Aquilo que parecia impossÃvel, deixou de ser impossÃvel e aconteceu".
O presidente brasileiro já sinalizou abertura para o diálogo, mas fez uma ressalva importante: "O que não é discutÃvel é a soberania brasileira e a nossa democracia". O principal tema na mesa de negociações será o tarifaço de 50% imposto pelos EUA a produtos brasileiros. Lula espera que, com informações corretas sobre a balança comercial – que é superavitária para os Estados Unidos –, Trump possa reconsiderar sua posição.
A aproximação não foi um acaso, mas resultado de um trabalho diplomático discreto. Nos últimos meses, houveram pelo menos três conversas entre os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira e Marco Rubio, possibilitando uma abertura para o diálogo. Vale ressaltar que, mesmo dentro de um ambiente de crise institucional e guerra de palavras entre os dois paÃses por pelo menos dois meses culminando da Assembleia Geral da ONU, a postura de Trump demonstrou certa cautela e parcimônia ao desconsiderar quaisquer crÃticas finais ao judiciário brasileiro, além de mudar sua postura em relação à Israel – com sua posição firme na oposição à ocupação da Cisjordânia.
Com informações de: BBC, Folha, G1, Gov.br Planalto, Poder360, Rádio Pampa. ■