Siga nossas redes sociais
Logo     
Siga nossos canais
   
Bosch anuncia milhares de demissões na Alemanha em reestruturação do setor automotivo
Montadora pretende cortar mais de 7 mil postos de trabalho até 2032, com foco em adaptar suas fábricas à produção de tecnologias para carros elétricos
Europa
Foto: https://static.dw.com/image/70861460_303.jpg
■   Bernardo Cahue, 25/09/2025

A gigante alemã de autopeças Bosch está implementando uma profunda reestruturação em suas operações na Alemanha, o que resultará no corte de milhares de empregos nos próximos anos. Os anúncios, feitos entre o final de 2024 e meados de 2025, são uma resposta à rápida transformação do setor automotivo, pressionado pela transição para veículos elétricos, custos elevados e concorrência internacional acirrada.

Os planos de demissão foram divulgados em etapas, afetando diferentes plantas industriais:

  • Até 2029: Corte de aproximadamente 1.100 empregos na fábrica de Reutlingen, que será reorientada para a produção de semicondutores.
  • Até 2027: Redução de 3.500 funcionários na divisão de computação, responsável por sistemas de assistência ao motorista.
  • Até 2030: Eliminação de 1.300 postos na unidade de sistemas de direção em Schwäbisch Gmünd.
  • Até 2025: Ajuste de 1.500 cargos nas localidades de Feuerbach e Schwieberdingen.

Segundo a direção da empresa, a mudança para veículos elétricos exige menos componentes do que os motores a combustão, gerando ociosidade. Além disso, a demanda por sistemas de direção automatizada tem ficado abaixo das expectativas. Stephan Hoelzl, um dos diretores da Bosch, afirmou que a empresa "tem que adaptar suas estruturas para um ambiente de mercado em transformação e reduzir custos de maneira sustentável para reforçar a competitividade".

Os cortes anunciados são um reflexo dos desafios que acometem toda a indústria automotiva europeia. A Bosch espera realizar parte das reduções por meio de acordos de aposentadoria antecipada e demissões voluntárias, estando em negociações com o conselho de funcionários.

Com informações de: CNN Brasil, Reuters, DW, Jornal de Negócios. ■