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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), surpreendeu ao votar pela anulação integral do processo que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Em sessão desta quarta-feira (10), Fux defendeu que o STF é incompetente para analisar o caso, pois os acusados não possuem mais foro privilegiado por não exercerem cargos públicos.
Em seu voto, o ministro afirmou: "Os réus desse processo, sem nenhuma prerrogativa de foro, perderam os seus cargos muito antes do surgimento do atual entendimento". Fux considerou que a mudança na jurisprudência do STF sobre competência "ofende o princÃpio do juiz natural e da segurança jurÃdica".
O ministro acolheu três teses das defesas:
A decisão causou euforia entre os advogados de defesa, que passaram a ver Fux como o único ministro "independente" na Turma. Entretanto, dentro do STF, o voto gerou perplexidade, com questionamentos sobre por que o ministro não se manifestou anteriormente sobre a incompetência.
O julgamento segue com os votos dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Para que a tese de anulação prospere, Fux precisaria do apoio de mais dois magistrados. Como alternativa, sugeriu que o processo fosse analisado pelo plenário completo do STF (11 ministros) em vez da Primeira Turma (5 ministros).
Os réus do chamado "núcleo 1" da trama golpista respondem por crimes como:
Especialistas consultados pelos veÃculos indicam que o voto divergente de Fux pode embasar recursos futuros das defesas, mesmo que não altere o resultado final neste julgamento. A existência de um ministro divergente fortalece argumentos sobre supostas controvérsias jurÃdicas no processo.
Com informações de: G1, UOL, Folha, Gazeta do Povo, Poder360, CartaCapital. ■