O cenário político da direita brasileira enfrenta turbulências simultâneas com três polêmicas de grande repercussão:

1. Rumores de falência de Silas Malafaia

Em entrevista ao UOL, o próprio Malafaia declara que está à beira da falência. Líder da ADVEC, que conta com cerca de 300 mil fiéis no total de todas as suas igrejas, ele é considerado o "nanico" entre outros 3 grandes líderes cristãos - R.R. Soares, Edir Macedo e Waldomiro Santiago. Durante o Governo Bolsonaro conseguiu obter alguns repasses financeiros, porém desde 2023 só acumula dívidas. A principal, de sua editora, passa de 20 milhões de reais.

2. Nikolas Ferreira enfrenta acusações de favorecimento ao PCC

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) tornou-se alvo de representação na Procuradoria-Geral da República por sua campanha contra a normativa da Receita Federal que ampliava a fiscalização do Pix e de fintechs. Rogério Correia (PT-MG) protocolou pedido de investigação sobre possíveis crimes de divulgação de notícias falsas, alegando que a desinformação "fragilizou políticas públicas de combate à lavagem de dinheiro" e impactou diretamente operações como a "Carbono Oculto", que investigava o PCC.

Autoridades governamentais, incluindo o secretário da Receita Federal Robinson Barreirinhas, vinculam a campanha de Ferreira ao favorecimento do crime organizado: "A campanha contra a instrução normativa de fiscalização do Pix ajudou o crime organizado". Parlamentares governistas como Reimont (PT-RJ) e Tabata Amaral (PSB-SP) questionaram publicamente: "O Nikolas Ferreira ajudou o PCC?".

Nikolas defendeu-se classificando as acusações como "canalhice" e prometendo judicializar a questão: "Acusar os outros sem provas é com a esquerda mesmo".

3. Joice Hasselmann intensifica críticas à família Bolsonaro

A ex-deputada Joice Hasselmann rompeu definitivamente com o bolsonarismo e dirigiu críticas contundentes à família Bolsonaro. Em entrevista, referiu-se aos filhos do ex-presidente como "três imbecis: um é ladrão, o outro é maluco e o outro é megalomaníaco", e atacou Michelle Bolsonaro, chamando-a de "fútil, caloteira e um horror".

Hasselmann revelou detalhes de suposto calote financeiro de Michelle: "Ela me deve dinheiro até hoje. Paguei o avião do maquiador dela na posse porque ela pediu". A ex-deputada também relatou ter vivido "estupro moral" após romper com Bolsonaro, sofrendo ataques misóginos e montagens vexatórias.

As polêmicas ocorrem em um contexto de reorganização da direita brasileira para as eleições de 2026, com reflexos sobre investigações em curso no Supremo Tribunal Federal e na Procuradoria-Geral da República.

Com informações de: Valor Econômico, UOL, Rádio Pampa, O Globo, Canal MyNews■