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Três mortos em incêndio durante protestos na Indonésia
Manifestações contra brutalidade policial e benefícios parlamentares tornam-se violentas e resultam em tragédia
Leste Asiatico
Foto: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQMAz1q1f8GAJf59ZEq2fOoetf7mjf01tBPnhaKSfiZQFsfYPvcjhcWHVE&s=10
■   Bernardo Cahue, 30/08/2025

Pelo menos três pessoas morreram na sexta-feira (29) após um incêndio no edifício do conselho municipal de Macasar, na ilha de Célebes, durante protestos que se espalharam por várias cidades da Indonésia. As vítimas ficaram presas no interior do prédio, que foi invadido e incendiado por manifestantes.

Os protestos iniciaram-se na segunda-feira (25) em Jacarta, contra o aumento de 33% nos salários dos deputados e a concessão de um subsídio mensal de moradia de 50 milhões de rúpias (cerca de 2.600 euros) – valor quase dez vezes superior ao salário mínimo na capital. Os manifestantes consideram a medida "insensata" diante do aumento do custo de vida, do desemprego e da corrupção endêmica.

A situação agravou-se na quinta-feira (28) quando um entregador de aplicativo de 21 anos, Affan Kurniawan, foi atropelado e morto por um veículo blindado da polícia durante um protesto em Jacarta. O incidente, registrado em vídeo e amplamente divulgado nas redes sociais, gerou comoção nacional e intensificou os atos.

Em Macasar, os manifestantes lançaram pedras e coquetéis molotov contra o prédio do governo local, incendiando veículos e invadindo a estrutura. Além das três mortes, quatro pessoas foram hospitalizadas com queimaduras ou fraturas ao saltar do edifício em chamas.

Os protestos expandiram-se para outras cidades, incluindo Surabaya, Bandung, Yogyakarta, Solo e até a ilha de Bali. Em Jacarta, confrontos entre manifestantes e a polícia resultaram no uso de gás lacrimogêneo e canhões de água.

Em resposta, o presidente Prabowo Subianto cancelou uma viagem oficial à China, pediu calma e prometeu investigar tanto a morte do mototaxista quanto a atuação policial[citation:4][citation:5]. Sete agentes foram detidos por envolvimento no atropelamento de Kurniawan.

Além disso, o TikTok suspendeu temporariamente suas transmissões ao vivo no país para evitar a disseminação de conteúdo inflamatório.

Com informações de: Swissinfo, Euronews, Gazeta do Povo, Valor Econômico, UOL, Correio do Povo, O Tempo■