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Após 36 horas de obstrução dos trabalhos legislativos, parlamentares bolsonaristas desocuparam o plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (6) sem conseguir a pautação do chamado "pacote da paz". O movimento – comparado por governistas ao "sequestro do Parlamento" – terminou após lÃderes da oposição fecharem acordo mediado pelo ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), sob risco de cortes financeiros e suspensão de mandatos para os manifestantes.
Os ocupantes foram advertidos pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) de que teriam salários e verbas parlamentares cortados, além de mandatos suspensos por seis meses, caso persistissem na obstrução. Ameaçados com intervenção da polÃcia legislativa, deputados como Marcel van Hattem (Novo-RS) e Marcos Pollon (PL-MS) recuaram após 10 minutos de resistência para ceder a cadeira da presidência.
A única concessão obtida foi o protocolo de um novo pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes no Senado – o 30º contra o magistrado. A proposta reuniu 41 assinaturas (maioria absoluta da Casa), mas depende exclusivamente do presidente Davi Alcolumbre (União-AP) para ser pautado, sem obrigação legal de avanço.
Em meio à desocupação, parlamentares bolsonaristas pediram desculpas formais a Motta, que foi categórico: "Nenhum acordo foi feito e nenhum trabalho seria interrompido por pautas pessoais". O presidente reforçou que a governabilidade não seria negociada, especialmente após sua autoridade ter sido ignorada durante as negociações, conduzidas por Lira com lÃderes do PL.
As principais reivindicações do "pacote" foram rejeitadas:
O episódio paralisou votações de interesse popular, como a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil, gerando crÃticas até de aliados da oposição. O lÃder ruralista Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) cancelou reunião sobre tarifas de Trump alegando "falta de quórum", enquanto senadores adiaram sabatinas de indicados a agências reguladoras.
Com informações de: Agência Brasil, Estadão, Folha de S.Paulo, G1, TVT News, Senado Federal, Esmael Morais.
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