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Susana Cordeiro Guerra: uma ameaça à soberania nacional
Nomeação de ex-presidente do IBGE a cargo estratégico no Banco Mundial, seu casamento com o número 2 do Pentágono e laços com o clã Trump transformam-a em peça-chave de pressão contra o Brasil e o STF, em articulação com Eduardo Bolsonaro
Politica
Foto: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTogUjWNo56SbIo1jbS4rR5mSwkHTuCWrJZog&s
■   Bernardo Cahue, 02/08/2025

A Ascensão Estratégica: Do IBGE ao Banco Mundial

Susana Cordeiro Guerra, ex-presidente do IBGE durante o governo Bolsonaro, está em vias de assumir a vice-presidência do Banco Mundial para a América Latina. O cargo controla um portfólio de US$ 32 bilhões, dos quais US$ 14 bilhões são destinados ao Brasil, especialmente para projetos de infraestrutura como hidrelétricas e saneamento. Sua indicação, ainda não oficializada, é fruto de influência direta da Casa Branca, reflexo do poder dos EUA como maior acionista do Banco (16% do capital).

A Rede de Influência: Casamento, MAGA e Laços com os Trump

  • Casamento com o Pentágono: Guerra é casada com Elbridge Colby, subsecretário de Defesa dos EUA e arquiteto do "Plano 2025" da Heritage Foundation – projeto que visa reestruturar a administração americana sob ideais ultranacionalistas. Colby é figura central no movimento MAGA e recentemente bloqueou o envio de armas à Ucrânia sem consultar Trump, revelando seu poder de fogo na política externa.
  • Madrinha da Família Trump: Seu vínculo com Ivanka Trump e Jared Kushner é pessoal e político: é madrinha de uma de suas filhas. Essa proximidade a coloca no círculo íntimo do poder trumpista, ampliando sua influência em Washington.
  • Conexão Bolsonaro-Guedes: Indicada ao IBGE por Paulo Guedes, mantém alinhamento ideológico com o bolsonarismo. Seu nome surge quando Eduardo Bolsonaro está nos EUA para "trabalhos com representantes do governo", sugerindo coordenação de agendas.

O Risco à Soberania Brasileira: Pressão Econômica e Judicial

  1. Controle de Verbas como Arma: Os US$ 14 bilhões para o Brasil poderiam ser instrumentalizados para:
    • Condicionar projetos a interesses americanos (ex.: acesso a minerais críticos como terras raras).
    • Criar entraves burocráticos para desgastar o governo Lula, especialmente em áreas sensíveis como Amazônia e energia.
  2. Sanções ao STF e Ministros: A articulação com Eduardo Bolsonaro e setores do governo Trump pode pavimentar aplicação da Lei Magnitsky contra ministros do Supremo, sob alegações de "perseguição política". O modelo já foi usado contra outros países e alinha-se ao discurso bolsonarista de "combate ao judiciário ativista".
  3. Agenda Ideológica no Banco Mundial: Guerra poderia redirecionar financiamentos para grupos alinhados ao bolsonarismo ou estados governados por aliados, fragilizando a coesão federativa e fomentando tensões internas.

A Traição Estrutural: Uma Brasileira na Máquina de Guerra Geopolítica

Sua trajetória é marcada por um duplo compromisso:

  • Técnica com Lealdade Externa: À frente do IBGE, destacou-se na gestão da PNAD COVID, mas pediu exoneração após cortes no Censo – episódio que expôs sua fragilidade política diante do Congresso. Agora, no Banco Mundial, sua expertise serve a uma agenda que pode sabotar políticas nacionais.
  • Ideologia sobre Soberania: Seu casamento com Colby e adesão ao MAGA a tornam vetor de uma doutrina que vê o Brasil como "risco à segurança nacional dos EUA" – narrativa usada para justificar tarifas e sanções.

"Sua presença no Banco Mundial representa um ponto sensível de influência geopolítica, onde economia, ideologia e poder se entrelaçam perigosamente".

Conclusão: O Brasil na Mira do Projeto MAGA

Susana Cordeiro Guerra simboliza a internacionalização do bolsonarismo como força de pressão contra a democracia brasileira. Seu cargo no Banco Mundial, somado às redes no Pentágono e à Casa Branca, converte-a em operadora-chave para:

  • Asfixiar financeiramente o governo Lula;
  • Legitimar narrativas de "autoritarismo judicial" no STF;
  • Subordinar recursos estratégicos (como água e minérios) aos EUA.

Sua nomeação não é um simples ajuste técnico: é a consolidação de uma frente de guerra híbrida contra a soberania do Brasil. Resta ao Itamaraty e ao Congresso monitorar cada movimento dessa teia – antes que o fio se feche.

Com informações de: UOL, Folha de S.Paulo, The Intercept Brasil, El País Brasil, Brasil 247