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Lula amplia influência geopolítica enquanto Dilma conduz banco do BRICS em Momento Decisivo
Presidência brasileira do bloco e recondução de Rousseff ao NDB fortalecem posição do país em negociações sobre tarifas de Trump
Politica
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■   Bernardo Cahue, 29/07/2025

No cenário tenso das negociações sobre as tarifas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros, a liderança dupla de Luiz Inácio Lula da Silva no BRICS e de Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) emerge como trunfo estratégico. Enquanto senadores brasileiros buscam evitar a sobretaxa em Washington, o presidente Lula consolida o Brasil como articulador global, presidindo simultaneamente o G20 e o BRICS.

Dilma Rousseff e a Engenharia Financeira do BRICS

A recondução de Dilma Rousseff à presidência do NDB por mais cinco anos reforça o poder de fogo financeiro do bloco. Sob sua gestão, o banco aprovou 98 projetos e prepara mais 76 iniciativas, com foco em infraestrutura sustentável e energia limpa. Seu plano mais ousado é a meta de realizar 30% dos financiamentos em moedas locais, reduzindo a dependência do dólar.

Lula e a Diplomacia da Equidade

O presidente brasileiro imprimiu ao BRICS uma agenda social inédita. Na saúde, lançou a Parceria para Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas. Paralelamente, propôs a primeira Declaração do BRICS sobre Governança da IA, defendendo regulação inclusiva e transferência de tecnologia para o Sul Global.

Contraponto às Vulnerabilidades Norte-Americanas

Enquanto o Brasil fortalece coalizões, analistas apontam fragilidades estratégicas dos EUA que ampliam o poder de barganha brasileiro:

  • Dependência de minerais críticos: A corrida por terras-raras mantém os EUA reféns da China
  • Crise energética na expansão da IA: Data centers devem consumir 9,1% da eletricidade dos EUA até 2030

A dupla liderança Lula-Dilma oferece aos negociadores brasileiros trunfos concretos: o NDB pode facilitar acordos setoriais, enquanto a influência do BRICS permite ao Brasil revisar parcerias sensíveis com a China.

Com informações de: Agência Brasil, Gov.br, NDB.int, The Conversation.