Um plebiscito popular mobiliza o país até setembro, pressionando pelo fim da escala de trabalho 6x1 e taxação de super-ricos. A iniciativa, liderada por movimentos sociais e sindicatos, surge em meio a uma crise aberta entre o governo Lula e o Congresso.

O estopim foi a rejeição parlamentar ao aumento do IOF proposto pelo Executivo, vista como uma humilhação ao Planalto. Em resposta, o governo recorreu ao STF, acusando o Congresso de violar a separação de Poderes. O centrão, por sua vez, prepara ação no Supremo para defender a legalidade da derrubada – mobilizando 200 deputados.

Analistas apontam que o Legislativo atua como comitê da elite: 70% dos parlamentares rejeitam o fim da jornada exaustiva 6x1, enquanto bloqueiam tributos sobre grandes fortunas. O conflito expõe interesses antagônicos: de um lado, a agenda trabalhista e tributária progressista; de outro, a defesa de privilégios econômicos pelo Congresso.

Com o STF como árbitro, a crise revela o descompasso entre o governo e uma base parlamentar que já mira as eleições de 2026. Enquanto o Planalto acena com mobilização popular, o centrão fortalece alianças com a direita, aprofundando a instabilidade.

Com informações de Brasil e Fato, Reuters e G1.■