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CPMI de fraude do INSS foi esquecida?
Polícia Federal avança nas investigações e chega a peças importantes do esquema, como o "careca do INSS" e o dono da Precisa Medicamentos. Movimento pela CPMI nas redes silenciou
Politica
Foto: https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/7c/2025/04/28/operacao-sem-desconto-da-policia-federal-mira-fraudes-no-inss-1745878591156_v2_4x3.jpg
■   Bernardo Cahue, 04/05/2025
Mesmo após a queda do Ministro da Previdência do Governo Lula, Carlos Lupi, os pedidos por uma CPMI da fraude do INSS deram uma refreada extremamente silenciosa neste fim de semana nas redes sociais, configurando uma amnésia geral dos propositores pela Comissão e um estado de fechamento para balanço da oposição. A Polícia Federal avançou nas investigações acerca do principal suspeito no esquema de descontos ilegais de aposentadoria, Antônio Carlos Camilo Antunes - o "careca do INSS".

Somente Antônio Carlos era sócio de 22 empresas intermediárias de sindicatos e associações que recebiam dos descontos dos aposentados do INSS. Somente com ele foram encontrados pelo menos onze carros importados de grandes marcas, incluindo cinco Porshes e três BMW. Não obstante, Camilo Antunes está declarado no TSE como doador direto da campanha de Jair Messias Bolsonaro em 2022, declarando a quantia de um real. À época, a mobilização simbólica visava comprovar uma suposta fraude nas urnas, e comprovar uma arrecadação de cerca de 60 milhões de reais para configurar o número de votos supostamente recebidos por Bolsonaro para declarar a vitória através do número de doações por PIX. A campanha conseguiu arrecadar cerca de 138 mil reais durante a corrida eleitoral em primeiro e segundo turnos.

Outro investigado é Francisco Maximiano, dono de duas associações que recebiam diretamente dos descontos dos aposentados. É o mesmo que ficou calado diante da CPI da Covid, munido de um habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber do Supremo Tribunal Federal em 2021. Maximiano também é dono da Precisa Medicamentos, envolvida em esquema de superfaturamento de medicamentos durante o Governo Temer e representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech, de cuja vacina Covaxin estava comprada a 15 dólares por dose, configurando um mega esquema de corrupção no Ministério da Saúde de Eduardo Pazuello em meio à pandemia da Covid-19. Além disso, Maximiano está registrado no TSE como doador da campanha de Onyx Lorenzoni para o Governo do Rio Grande do Sul, declarando a quantia de 60 mil reais.

E por fim, falando em Onyx Lorenzoni, cujas investigações já estão autorizadas, tendo como base o período em que várias dessas associações foram criadas: durante o governo Bolsonaro, de cujo Lorenzoni era Ministro da Previdência.

Nesse momento o silêncio se tornou ouro. E a CPMI está esquecida, doa a quem doer.

Com informações da CNN, do Brasil de Fato e do Plantão Brasil.■