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A Justiça do Rio de Janeiro decretou oficialmente a falência da operadora de telecomunicações Oi na segunda-feira, 10 de novembro de 2025, encerrando uma crise financeira que se arrastava por quase uma década e culminou em dois processos malsucedidos de recuperação judicial. A decisão, assinada pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial, reconheceu o estado de insolvência técnica e patrimonial do grupo, determinando a liquidação ordenada de seus ativos.
A medida judicial não esperou nem a conclusão do prazo simbólico de um de seus produtos mais famosos: o "Chip Oi 31 anos", lançado em 2002, que prometia ligações gratuitas entre clientes da operadora até o ano de 2033. A oferta, que conquistou milhares de brasileiros e se tornou um marco na história da telefonia nacional, será interrompida muito antes do previsto, simbolizando o fim precoce da empresa que um dia foi projetada para ser uma "supertele".
Em seu despacho, a magistrada foi direta: "Não há mais surpresas quanto ao estado do Grupo em recuperação judicial. A Oi é tecnicamente falida". A decisão também:
O decreto de falência foi a culminação de um longo processo de agonia financeira. A Oi já estava em sua segunda recuperação judicial. O primeiro processo começou em 2016, quando a empresa portava uma dívida colossal de R$ 65 bilhões. Apesar de ter concluído esse primeiro processo no fim de 2022, a companhia seguiu endividada, com um passivo de R$ 44,3 bilhões, o que a levou a pedir uma nova recuperação judicial apenas alguns meses depois, em 2023. Na sexta-feira que antecedeu a decisão, a própria Oi, por meio de seu gestor judicial, havia peticionado à Justiça reconhecendo a impossibilidade de honrar seus pagamentos.
Com informações de: UOL, Bloomberg, SeuDinheiro, Convergência Digital, Facebook. ■