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Em meio a operações policiais com altos índices de letalidade e casos históricos de violência sem punição, familiares de vítimas denunciam um "Brasil da chacina" e cobram por justiça.
No final de outubro de 2025, o Rio de Janeiro viveu seu dia mais violento da história, quando uma operação policial em favelas do Complexo do Alemão e Penha resultou em pelo menos 64 pessoas mortas, incluindo quatro policiais. O governador Cláudio Castro declarou a cidade "em guerra", enquanto ativistas de direitos humanos classificaram a ação como um "massacre com aval do Estado".
A violência policial fatal nas periferias e favelas brasileiras é uma triste realidade há décadas. Em 1994 e 1995, as chacinas da favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, deixaram 26 jovens mortos. Mais de 20 anos depois, nenhum agente foi preso, julgado ou condenado pelas mortes, o que levou o Brasil a ser réu na Corte Interamericana de Direitos Humanos.
O Brasil tem um longo histórico de massacres que marcaram a sua história, muitos deles envolvendo forças do Estado ou com sua conivência. Alguns dos episódios mais emblemáticos incluem:
Enquanto os números e as notícias destacam a dimensão da violência, são as mães e familiares das vítimas que carregam o fardo mais pesado e se tornam a voz da resistência. Sua luta é contra a impunidade e pelo reconhecimento de que, como afirmam, "a gente não faz um filho para ser morto na mão da polícia". Eles exigem respostas de um Estado que, frequentemente, é ao mesmo tempo investigador e réu nessas histórias de violência.
Com informações de: The Guardian, VICE, Wikipedia. ■