A organização da COP30 enviou um e-mail relativamente inusitado a todos os participantes do evento, que será realizado em Belém, com um pedido: que não descartem papel higiênico ou produtos sanitários nos vasos sanitários das instalações do evento ou em outros locais da cidade.

No comunicado, a organização solicita cooperativamente que os visitantes utilizem as lixeiras fornecidas para o descarte desses itens. O texto justifica a medida como necessária para “manter instalações limpas e funcionais para o conforto de todos”.

O apelo, no entanto, evidencia um choque de realidades entre os visitantes internacionais e a infraestrutura local. Enquanto em muitos países da Europa o descarte do papel higiênico diretamente no vaso sanitário é uma prática comum e segura, devido a sistemas de encanamento e de tratamento de esgoto robustos, a mesma ação pode causar sérios problemas em Belém, principalmente no que tange a infraestruturas particulares na cidade - que foram construídas de acordo com a cultura local de descartes em lixeiras e cestinhas.

As possíveis consequências do descarte incorreto incluem:

• Entupimentos nas tubulações dos banheiros do local do evento;
• Sobrecarga e bloqueios na rede de esgoto da cidade;
• Danos às estações de tratamento, que podem não estar dimensionadas para receber grandes volumes de papel;
• Desconforto e transtornos para os próprios participantes durante a conferência.

A situação levanta discussões sobre a necessidade de adaptação dos visitantes às infraestruturas das cidades-sede de grandes eventos globais, que muitas vezes diferem da realidade a que estão acostumados.

Com informações de: Veja. ■