As Forças de Defesa de Trinidad e Tobago foram colocadas em seu mais alto nível de prontidão operacional nesta quinta-feira (31), em um movimento brusco que gerou alerta e especulações sobre a estabilidade regional, em meio a relatos internacionais de possíveis ataques dos Estados Unidos à Venezuela.

Alerta Máximo: "Isto não é um exercício"

De acordo com um memorando interno circulado entre os militares, todas as forças foram elevadas para o Estado de Alerta Um (State One Alert Level), seu nível de prontidão mais elevado . A mensagem, citada por veículos de comunicação, foi enfática: "Isto não é um exercício" .

As ordens determinam que:

• Todos os militares da ativa devem se apresentar em suas bases até as 18h .
• Um alistamento geral está marcado para as 18h30 .
• Pessoal em licença médica, de pré-aposentadoria ou férias deve permanecer em casa em standby, pronto para novas ordens .
• Os militares foram orientados a fazer os preparativos necessários com suas famílias, em preparação para um possível confinamento .

Cenário Regional Tenso

O alerta máximo ocorre em um momento de grande tensão no Caribe. Publicações internacionais, como Bloomberg e Miami Herald, reportaram que a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, estaria se preparando para realizar ataques a alvos terrestres na Venezuela, após uma série de operações marítimas contra rotas de narcotráfico .

Fontes militares locais descreveram a medida como precautória, destinada a colocar as forças em standby para qualquer perturbação regional ou nacional . "É um passo proativo", explicou um oficial sênior. "Você se prepara antes que a situação se desenvolva, não depois" .

Contexto Político e de Segurança Interna

O país ainda opera sob um estado de emergência nacional, decretado pelo governo da primeira-ministra Kamla Persad-Bissessar em 18 de julho de 2025 e recentemente estendido até o final de outubro . A medida foi inicialmente tomada para conter uma perigosa rede criminosa que, a partir das prisões, planejava assassinatos de altos funcionários públicos e ataques a instituições do Estado .

O Parlamento do país deve debater uma nova extensão desse estado de emergência, e o chamado geral das forças armadas acontece neste contexto de segurança já elevada .

Com informações de: Defence Blog, Newsday, Chicago Tribune, Caribbean Council. ■