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Um grupo de aproximadamente 200 manifestantes, incluindo familiares de pessoas com deficiência, prestadores de serviços e profissionais de saúde, invadiram por força a sede da Agência Nacional de Deficiência (ANDIS) em Buenos Aires nesta sexta-feira. O ato foi um protesto contra a falta de implementação da Lei de Emergência em Deficiência, que foi aprovada pelo Congresso, mas teve sua execução suspensa pelo governo do presidente Javier Milei.
Os manifestantes, que descrevem a situação como "desesperadora", inicialmente tentaram entregar um petição às autoridades da agência, mas foram ignorados. A negociação posterior com o interventor do órgão, Alejandro Vilches, foi considerada um fracasso, pois ele não se comprometeu com convocar uma reunião do directorio para tratar dos aumentos nas prestações, mencionando que talvez o fizesse apenas depois das eleições .
Os principais pontos de reivindicação dos protestos são:
O conflito é parte de um embate maior entre o Poder Executivo e o Legislativo na Argentina. O Congresso aprovou a lei de emergência e, posteriormente, anulou o veto presidencial pela primeira vez em 22 anos, numa clara demonstração de força da oposição . No entanto, o governo Milei respondeu promulgando a lei através de um decreto que, ao mesmo tempo, suspendeu sua aplicação até que o Congresso especifique a fonte do financiamento dentro da discussão orçamentária . O governo argumenta que a medida é necessária para preservar o equilíbrio das contas públicas e o superávit fiscal.
A ANDIS já estava no centro de um escândalo de corrupção que envolvia seu ex-director, Diego Spagnuolo. Em áudios divulgados pela imprensa local, Spagnuolo alegava a existência de um esquema de propinas na compra de medicamentos para pessoas com deficiência que supostamente beneficiava Karina Milei, irmã do presidente . O caso levou à intervenção da agência e a investigações judiciais, aumentando a indignação da população e dos prestadores de serviços.
Enquanto a disputa política continua, os efeitos na vida da população são concretos:
Com informações de: AP News Argentina, Brasil de Fato, ensegundos.com.pa, Infobae, La Nación, Página 12, RTP. ■