Siga nossas redes sociais
Logo     
Siga nossos canais
   
Venezuela ativa Zonas de Defesa Integral em estados fronteiriços com a Colômbia
Medida é parte do "Plano Independência 200" e ocorre em meio a tensões com os Estados Unidos
America do Sul
Foto: https://s2-oglobo.glbimg.com/B48E28l8tk6wtnrzGYd8GcbkbC8=/0x0:5997x4000/888x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/Y/A/1zTacZTFmFB10bAi7t6g/afp-20250911-74826g3-v3-highres-venezuelausdiplomacy.jpg
■   Bernardo Cahue, 16/10/2025

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou o reforço da defesa nos estados de Táchira, Apure e Amazonas, que fazem fronteira com a Colômbia. A ação, que tem início nesta quinta-feira (16), integra o "Plano Independência 200" e foi ordenada em resposta à presença de navios de guerra dos Estados Unidos no Caribe e a uma recente autorização para operações da CIA no país.

De acordo com o anúncio, o objetivo é garantir a "defesa integral" do território venezuelano diante do que o governo classifica como uma crescente ameaça externa.

O que são as Zonas de Defesa Integral (ZODI)

As Zonas Operativas de Defesa Integral (ZODI) são uma parte fundamental do Sistema de Defesa Territorial da Venezuela. Sua ativação implica em:

  • Mobilização conjunta: Coordenação de todos os componentes da Força Armada Nacional Bolivariana - Exército, Marinha, Aeronáutica, Guarda Nacional e Milícia Nacional.
  • Preparação para invasão: A estratégia estabelece um patrulhamento permanente diante da ameaça de uma possível invasão pelos Estados Unidos, com a população se preparando "para enfrentar qualquer tentativa de infiltração".
  • Articulação civil-militar: As milícias, integradas por cidadãos, são mobilizadas para reforçar patrulhas e a comunicação nas áreas ativadas.

Contexto de tensão com os Estados Unidos

A escalada militar venezuelana é uma reação direta às recentes ações dos Estados Unidos, que incluem:

  • O envio de uma força naval com oito navios de guerra e um submarino nuclear para o Caribe.
  • Ataques a embarcações próximas à costa venezuelana, que, segundo os EUA, estavam envolvidas com narcotráfico, mas que Caracas denuncia como "execuções extrajudiciais".
  • A confirmação do presidente Donald Trump de que autorizou a CIA a conduzir operações na Venezuela.

Em resposta, o governo Maduro não apenas ativou as ZODI, mas também anunciou que levará a denúncia sobre as operações da CIA ao Conselho de Segurança da ONU, acusando os EUA de violar o direito internacional. O ministro do Interior, Diosdado Cabello, afirmou que o país está preparado para uma "guerra prolongada" em defesa de sua soberania.

Com informações de: Brasil de Fato, CNN Brasil, Gazeta do Povo, RFI. ■