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EUA realizam novo ataque a barco próximo à Venezuela; 6 morrem
Presidente Donald Trump afirma que embarcação era de "narcoterroristas"; ação eleva tensão internacional e gera críticas sobre legalidade
America do Sul
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■   Bernardo Cahue, 14/10/2025

As forças dos Estados Unidos bombardearam e destruíram um barco próximo à costa da Venezuela nesta terça-feira (14), em um ataque que resultou na morte de seis pessoas a bordo, segundo anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump.

Em publicação em sua rede social, Truth Social, Trump declarou que a ação foi um "ataque letal" contra uma embarcação afiliada a uma organização terrorista designada que traficava drogas na área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA. Ele afirmou que a "inteligência confirmou que a embarcação estava traficando narcóticos" e que o ataque foi conduzido em águas internacionais.

Este é o quinto ataque do tipo conduzido pelos Estados Unidos no Caribe nas últimas semanas, elevando para pelo menos 27 o número total de mortos nessas operações. Desde agosto, os EUA mantêm uma significativa presença militar na região, com navios de guerra, um submarino nuclear e milhares de militares deslocados para o sul do Caribe.

Reações e Controvérsias

A ofensiva militar norte-americana tem gerado forte reação da comunidade internacional e de especialistas:

  • Venezuela: O governo de Nicolás Maduro classificou os ataques como "agressão" e alega que as vítimas eram pescadores, pedindo uma investigação internacional.
  • Organizações Internacionais: A Human Rights Watch descreveu os bombardeios como "execuções extrajudiciais ilegais", violando a lei internacional. O Conselho de Segurança da ONU já havia se reunido para discutir o tema .
  • Colômbia: O presidente Gustavo Petro qualificou ataques anteriores como um "ato de tirania" e sugeriu a abertura de processos criminais contra autoridades americanas.
  • Especialistas Jurídicos: Ex-advogados militares de alto escalão e analistas contestam a legalidade da ação, argumentando que o uso de força letal contra suspeitos de tráfico de drogas em águas internacionais não se enquadra nas leis de conflito armado.

Contexto da Tensão

A operação se insere em um contexto de escalada de tensões entre Washington e Caracas. Os EUA acusam o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar uma organização narcoterrorista, o chamado Cartel de los Soles, e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à sua prisão. Enquanto isso, a Venezuela mobilizou suas forças armadas e milícias civis para se preparar para uma possível defesa contra um ataque estrangeiro.

Com informações de: G1, Público, CNN Brasil, InfoMoney, Poder360, Folha, BBC, O Globo, Jovem Pan, Estadão. ■