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Fifa mantém Israel em competições internacionais de futebol
Entidade máxima do futebol mundial rejeitou pedidos de suspensão, apesar da pressão de especialistas da ONU e de federações europeias
Internacional
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■   Bernardo Cahue, 11/10/2025

A Fifa decidiu não suspender Israel de suas competições internacionais, ignorando apelos de especialistas das Nações Unidas, organizações de direitos humanos e federações europeias. O posicionamento foi reafirmado pelo presidente da entidade, Gianni Infantino, que emitiu um comunicado reiterando um apelo pela paz em Gaza, mas sem citar diretamente o nome de Israel.

Em seu comunicado, Infantino afirmou que a Fifa "não pode resolver os problemas geopolíticos, mas pode e deve promover o futebol em todo o mundo, explorando os seus valores unificadores, educativos, culturais e humanitários" A postura contrasta com a adotada em 2022, quando a própria Fifa, em conjunto com a Uefa, suspendeu a Rússia de todas as suas competições poucos dias após a invasão da Ucrânia.

A decisão da Fifa ocorre em um momento de intensa pressão internacional por medidas mais duras contra Israel. Os principais argumentos dos que pediam a suspensão incluem:

  • O precedente da Rússia, que foi banida rapidamente após o início da guerra na Ucrânia.
  • O relatório de uma comissão internacional de inquérito da ONU que, em setembro, acusou Israel de cometer "genocídio" em Gaza.
  • Apelos de especialistas independentes da ONU para que Fifa e Uefa suspendessem Israel como uma "resposta necessária ao genocídio em curso".
  • Pedidos de atletas profissionais e figuras públicas, como o ex-jogador francês Eric Cantona e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.

Enquanto a Fifa se mantém firme em sua decisão, a Uefa, entidade que rege o futebol europeu, pode tomar um caminho diferente

Uma eventual suspensão pela Uefa criaria um cenário complexo, pois, na prática, impediria Israel de se classificar para a Copa do Mundo de 2026, uma vez que as eliminatórias europeias são organizadas pela Uefa, ainda que a competição final seja um evento da Fifa. A decisão também colocaria a entidade europeia em rota de colisão com os Estados Unidos, coanfitrião do Mundial de 2026, que já se manifestou veementemente contra qualquer tentativa de banir a seleção israelense.

Com informações de: O Globo, Correio Braziliense, SIC Notícias, Veja, CartaCapital, SAPO, OHCHR, Tribuna Expresso, Monitor do Oriente. ■