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O Congresso do Peru aprovou na madrugada desta sexta-feira (10) a destituição da presidente Dina Boluarte do cargo. A medida foi aprovada por unanimidade, com 118 votos a favor, após a presidente se recusar a comparecer à sessão para se defender, considerando o processo "inconstitucional".
O até então presidente do Parlamento, José Jerí, foi empossado como novo chefe de Estado por sucessão constitucional horas depois da votação. Em seu primeiro discurso, Jerí, de 38 anos, prometeu liderar um "governo de reconciliação" e declarou guerra ao crime organizado, afirmando que "os inimigos são as quadrilhas nas ruas".
O afastamento de Boluarte foi baseado em acusações de "incapacidade moral permanente" para governar, impulsionadas principalmente pela crise de segurança que assola o país. O ataque a tiros contra a popular banda de cúmbia Agua Marina durante um show na noite de quarta-feira (8), que deixou quatro músicos feridos, foi o estopim para a ação rápida do Legislativo.
Além da violência, o mandato de Boluarte foi marcado por uma impopularidade recorde e uma série de escândalos, incluindo:
Com a destituição, Dina Boluarte perde a imunidade e fica sujeita a possíveis processos judiciais que podem levá-la à prisão. O Ministério Público peruano já informou que irá impedir que a ex-presidente deixe o país.
O Peru vive seu pior período de instabilidade política da história recente. José Jerí se torna o sétimo presidente do país em menos de dez anos. Ele deve comandar o país até que o vencedor das eleições gerais de abril de 2026 assuma o cargo, em 28 de julho do mesmo ano.
Com informações de: Agência Brasil, G1, BBC, Gazeta do Povo, UOL, CartaCapital, Público, RTP. ■