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Países condenam interceptação israelense à Flotilha Humanitária Sumud
Brasil, Colômbia, Venezuela e Irlanda estão entre as nações que repudiaram a ação militar em águas internacionais; ativistas, incluindo brasileiros e Greta Thunberg, foram detidos
Internacional
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■   Bernardo Cahue, 02/10/2025

Uma série de governos nacionais emitiram notas oficiais de repúdio contra a interceptação realizada pela marinha israelense contra a Flotilha Global Sumud, que transportava ajuda humanitária simbólica para a Faixa de Gaza. A ação militar, que ocorreu na noite de quarta-feira (01/10) em águas internacionais, resultou na detenção de cerca de 500 ativistas de diversas nacionalidades.

O governo brasileiro foi um dos que se manifestou, deplorando a ação militar israelense e afirmando que a operação "viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica". Em nota oficial, o Itamaraty ainda ressaltou que, a partir da interceptação, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas, entre as quais está a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).

Além do Brasil, diversos outros países se uniram a uma corrente internacional de condenação aos atos de Israel. As reações variaram desde a emissão de notas de repúdio até a tomada de medidas diplomáticas mais severas.

Segundo as informações das agências de notícias e comunicados oficiais, os países abaixo se posicionaram contra a interceptação:

  • Malásia: O primeiro-ministro Anwar Ibrahim condenou nos "termos mais fortes" a intimidação israelense.
  • Irlanda: O ministro das Relações Exteriores, Simon Harris, descreveu a ação israelense como "muito preocupante".
  • Colômbia: O presidente Gustavo Petro expulsou os diplomatas israelenses do país e rescindiu o acordo de livre-comércio bilateral, classificando o ato como um "crime internacional".
  • Venezuela: O governo condenou "nos termos mais fortes" o que chamou de "ato covarde de pirataria".
  • Turquia: O Ministério das Relações Exteriores classificou a interceptação como um "ato terrorista" e uma violação do direito internacional.
  • Chile: A porta-voz do governo, Camila Vallejo, declarou que a flotilha "tem o total apoio do Estado chileno".
  • França: O ministro das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, exigiu que Israel garanta a segurança dos participantes e seu direito à proteção consular.
  • Bolívia: O presidente Luis Arce condenou veementemente a "brutal agressão" e a violação do direito internacional.
  • Cuba: O presidente Miguel Díaz-Canel condenou a interceptação e expressou solidariedade aos tripulantes.
  • Irã: O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ismail Baghaei, condenou a ação como uma violação flagrante do direito internacional.
  • África do Sul: Foi mencionada pela Colômbia em um apelo por ação conjunta para proteger a vida dos cidadãos dos países envolvidos.

Além das declarações governamentais, protestos surgiram em diversas cidades do mundo. Manifestantes foram às ruas em Roma, Barcelona, Bruxelas, Berlim e Istambul, entre outras, para exigir a libertação dos ativistas e criticar a política israelense em relação a Gaza.

Esta não é a primeira vez que tentativas de romper o bloqueio marítimo a Gaza por meio de frotas civis resultam em confronto e condenação internacional. O incidente mais grave ocorreu em 2010, quando o ataque israelense à embarcação Mavi Marmara resultou na morte de dez ativistas.

Com informações de: Al Jazeera Sumud, Opera Mundi, Gov.br MRE, Sputnik Globe, Terra, BBC News Brasil, Agencia Brasil EBC. ■