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Projeto de golpe de EUA e Israel está frustrado pelas alianças ao Irã
A crescente tensão no Médio Oriente revela relações regionais firmes contra a intervenção externa, com Paquistão e China no centro da resistência
Internacional
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■   Bernardo Cahue, 18/06/2025
A situação geopolítica no Médio Oriente intensifica-se, com o Paquistão e a República Popular da China a posicionarem-se como defensores do Irã contra pressões externas. Esta dinâmica surge após o convite inédito do Presidente norte-americano, Donald Trump, ao chefe do exército paquistanês, Asim Munir, para um jantar privado na Casa Branca. A reunião, a primeira em 15 anos, sugere uma tentativa de Washington de influenciar o Paquistão a abandonar o apoio ao Irã, possivelmente oferecendo ajuda contra a Índia, seu rival histórico.

Contudo, o Paquistão demonstra resistência, fortalecido pelo apoio inequívoco da China, que o classifica como "amigo inabalável". A China, consciente de que o colapso do Irã afetaria seus projetos regionais e o acesso a petróleo barato, já prestou apoio diplomático e militar a Teerã. A economia paquistanesa, profundamente ligada à China, reforça esta aliança estratégica.

A região mostra ampla rejeição às ações dos EUA e de Israel. O Presidente turco, Recep Erdogan, condenou veementemente o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusando-o de exceder Hitler em escala de genocídio. Erdogan afirmou que o Irã tem direito legítimo à autodefesa face ao que descreveu como terrorismo de Estado israelita, prometendo esforços para conter a violência na Síria, Líbano, Iémen e Gaza.

Outros países vizinhos, como Iraque, Jordânia e Egito, também criticaram os ataques israelitas, alertando para violações do direito internacional e riscos à segurança regional. O fecho hipotético do Estreito de Ormuz pelo Irã, em resposta a agressões, traria consequências económicas graves, incluindo inflação galopante devido ao aumento do preço do petróleo.

Os EUA parecem apostar na instalação de um governo fantoche no Irã, promovendo Reza Pahlavi, filho do deposto Xá. Contudo, a proposta foi recebida com desdém pelo Ministro da Defesa paquistanês, que desafiou Pahlavi a liderar o povo iraniano pessoalmente, numa resposta contundente.

Uma pesquisa esclarecedora do EADaily intitulada "O Paquistão e a China estão prontos para defender o Irã, e os países da região odeiam os EUA e Israel" (За Иран готовы вступиться Пакистан и Китай, а страны региона ненавидят США и Израиль) revela que 78% dos participantes apoiam o Irã no conflito com Israel, enquanto apenas 6% defendem Israel. A rejeição regional a um eventual golpe à democracia iraniana é clara, indicando que qualquer governo imposto externamente enfrentaria resistência popular e falta de reconhecimento dos países vizinhos.

Com informações do EADaily. ■